Na foto, homenagem de fã a Jobs em loja da Apple
nas Filipinas - "Há três maçãs que mudaram o mundo: a que Eva comeu; a
que caiu na cabeça de Newton; e a que você criou".
A morte de Steve Jobs, na quarta-feira, 5 de outubro, mobilizou fãs ao redor do mundo. De Nova York a Pequim, donos de iPhones e iPads - ou apenas admiradores de um homem visionário - prestaram homenagem ao cofundador da Apple em frente a lojas da marca.
Na sede da empresa - Infinite Loop, 1, Cupertino, Califórnia
-, pessoas deixaram flores, maçãs, revistas em que Jobs aparece na capa e
fotografias. O clima de condolência foi completado com bandeiras da
Califórnia, dos Estados Unidos e da Apple a meio mastro.
Em todos os tributos, smartphones e tablets exibiam a foto de
seu criador, que deixara a presidência da Apple em 25 de agosto de
2011. Tim Cook,
então diretor de operações, ocupou seu lugar. Na luta contínua contra
um câncer no pâncreas, Jobs declarou, à época, que assumiria a
presidência do conselho de administração da companhia.
Mas, agora, sua morte deixa não só lacunas em uma das
companhias mais valiosas do mundo, como no setor de tecnologia e do
mercado financeiro. A aposta de analistas é que, na ausência do espírito
criativo de Jobs, seus principais rivais possam recuperar o atraso em relação aos produtores inovadores da Apple.
Uma das beneficiadas nesse contexto seria a Samsung,
fabricante do tablet Galaxy Tab e do smartphone Galaxy SII, fortes
concorrentes para o iPad e o iPhone 4S.
A relação amigável (Apple compra componentes eletrônicos da Samsung) e a
rivalidade entre as companhias colaborou para a Samsung alcançar valor
de mercado de US$ 115 bilhões.
A partida de Jobs também mexe com o mercado financeiro. No primeiro dia após seu falecimento, as ações da empresa fecharam em queda de 0,23%,
com os papéis precificados na média de US$ 377,37. Alguns analistas
acreditam que, embora possa haver reação negativa à notícia triste, a
empresa deve superar as expectativas nós próximos anos e seguir como uma
das líderes do mundo tecnológico sob o comando de Tim Cook.
Biografia
Esperada para 21 de novembro, a biografia de Steve Jobs - primeira autorizada por ele - teve a data de lançamento antecipada para 24 de outubro.
A decisão da editora, Simon & Schuster, ocorreu após o número de
pedidos de compra da biografia aumentar drasticamente. No dia seguinte à
morte de Jobs, o livro apareceu em primeiro lugar na lista dos "best
sellers" da Amazon e em terceiro lugar na Barnes&Noble.
Em artigo na revista Time, o autor da biografia, Walter Isaacson, equiparou Steve Jobs a Thomas Edison e Ford.
"Jobs tornou-se assim o maior executivo de nossa época, aquele que com
maior certeza será lembrado daqui a um século. A história vai colocá-lo
no panteão, bem ao lado de Edison e Ford."
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